Apesar
de não entregarem nem a minha aposentadoria, vou apresentar minhas
considerações sobre a situação do governo e rumos que podem ser
seguidos.
O
impeachment de Dilma é a última coisa que o brasileiro deveria
almejar. Somente aqueles que não enxergam o perigo podem querer
impeachment. Creio que ninguém no Brasil, quer ver o país imerso em
revolução, mais violência, golpes e outros ingredientes da
desestabilização.
Dilma
tem que se desvencilhar do PT e de Lula. Ela tem que pensar e agir,
seguindo um plano racional, se quiser consertar os erros e desacertos
inclusive ocorridos no governo de Lula.
Desculpe
o PT, mas o aparente milagre do governo de Lula, se deve a utilização
de dinheiro que jamais poderia ser usado por um governo
representante de um partido que alardeava compromisso com ética e
retidão de princípios, utilizou todas as mazelas dos partidos que
estiveram anteriormente no poder, acrescentadas de distribuição
populista de dinheiro que não pertencia ao governo. Houve
perseguições a inocentes, houve tortura, houve utilização de
métodos tão ou quanto piores do que foram utilizados na época da
ditadura militar.
Contudo,
se houve uma eleição e se Dilma tem um compromisso para colocar o
Brasil nos trilhos, a hora é de muita responsabilidade para ela e
para quem estiver com ela.
Não
dá para todo mundo dizer o que tem que ser feito. Todos podem
opinar, mas um lider tem que governar.
Se
necessário, que se utilize os decretos. O importante é funcionar.
Investigar
roubalheiras e responsáveis é mais que necessário e saudável.
Talvez
os investigados no caso da Petrobrás acabem não recebendo o devido
castigo, mas os dirigentes dessa empresa, agora, serão fiscalizados,
evitando-se novos prejuízos.
Na
minha modesta opinião, Dilma deveria começar a diminuir as taxas de
impostos. Por exemplo: IPI, COFINS E IOF.
Em
contrapartida à diminuição de impostos, deveria ocorrer a
diminuição de funcionários contratados nos Ministérios, em
Brasília.
Algumas
empresas estatais podem ser desativadas.
Verbas
para educação não deveriam ser repassadas às prefeituras, mas sim
as obras já concluídas. O governo federal deveria conduzir todas as
obras públicas de construção e reforma de prédios para educação
e saúde, entregando prédios de postos de saúde e escolas até 2o.
grau, para serem administradas pelas prefeituras; e prédios de
hospitais, escolas técnicas e universidades públicas para serem
administradas pelo Governo Estadual.
A manutenção das escolas, universidades, postos de saúde e hospitais públicos ficam sendo responsabilidade dos estados e municípios.
As
polícias civil, militar e municipal podem ser apenas uma
Instituição, diminuindo gastos e tornando-se eficiente do ponto de
vista de manter a segurança dos cidadãos, porque é mais fácil ver
pontos falhos, treinar e administrar uma instituição com diversos
departamentos, do que 4 instituições diferentes, visando um mesmo
objetivo, a segurança. A segurança pública é função do Governo
Estadual. Por que 4 instituições, porque existe também a Polícia Federal, que deveria estar agregada à Guarda da União, deixando de ser uma instituição isolada.
Uma
economia imensa que o governo federal pode fazer é extinguir o
auxílio reclusão, pago pela Previdência Social. Quem recebe o
auxílio reclusão é a família desse presidiário, que quando sai
da prisão não tem um tostão no bolso, nem para pegar um ônibus.
Diversas vezes andando de ônibus, vi presidiários pedindo ajuda,
para pagar a passagem de ônibus e poder voltar para casa, muitas
vezes em outro estado da federação. Alguns não conseguem voltar para casa, porque não tem dinheiro para voltar e porque as famílias, que
estavam recebendo o auxílio reclusão, não querem mais saber da
existência deles. Eles acabam se tornando moradores de rua.
Portanto, o melhor seria entregar uma ajuda em dinheiro ao
presidiário no ato de sua saída da penitenciária. Veremos que
muitas cidades que se tornam bolsões de andarilhos e moradores de
rua, terão esta população diminuída.
Acredito
que o fim do auxílio reclusão enfraquecerá o PCC e outras
organizações criminosas.
Cortar
gastos públicos inclui também, verificar que muitos programas
terceirizados não servem para nada.
Vi
pessoalmente, que diversas entidades que prometem amparar pessoas em
dificuldades, sem ter onde morar, não desempenham tal função. O
que se vê é uma quantidade de pessoas, que preenchem formulários,
com o nome e documentos do necessitado e depois o mandam para o
abrigo da Prefeitura Municipal.
Diante
dos problemas é preciso ação. Verificando-se que estradas estão
esburacadas, postos de saúde totalmente sem estrutura, escolas com
carteiras quebradas, tetos caindo, sem pintura, é necessário
consertar e reformar com urgência, deixando a população ajudar
sim. Não dá para ficar pensando, fazendo mil reuniões para
consertar o teto de uma escola ou pintar um posto de saúde.
A
população é a maior interessada em manter em ordem todos os bens
de que se utiliza. Impedir a população de participar, construir,
cuidar é tão errado quanto não fazer nada.
Finalmente,
todos estão escandalizados com a corrupção na Petrobrás? Melhor
seria que a roubalheira não tivesse acontecido, mas se aconteceu, o
melhor para todos, inclusive a própria empresa é apurar os fatos,
colocar tudo em pratos limpos e criar mecanismos de controle e
auditoria de todas as empresas onde o governo tem participação
majoritária.
Podemos
abolir a corrupção nas empresas estatais, desenvolvendo o conceito
de respeito a bens alheios.
Governo
é só um administrador de bens alheios.